Quando se trata de problemas de saúde, a demora na busca por ajuda especializada só aumenta as chances de o quadro piorar. Iniciar um tratamento para dor o mais cedo possível previne uma série de limitações físicas, bem como os respectivos impactos psicológicos. Negligenciá-la, por outro lado, pode levar ao agravamento — por vezes, irreversível —, do problema.
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Neste artigo, vamos explicar como se dá o diagnóstico precoce da dor. Continue a leitura e descubra quais sinais indicam que está na hora de começar um tratamento!
Quem sente dor crônica?
Pessoas de todos as idades, de ambos os sexos. Portanto, ninguém deve se sentir fraco ou ter vergonha de procurar um especialista, por menor que seja o incômodo. O autocuidado é sempre uma atitude inteligente.
A dor crônica é mais comum do que se imagina. Segundo um estudo da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), pelo menos 37% dos brasileiros sentem algum tipo de dor crônica.
Moradores do Sul são os mais afetados: 42% dos voluntários do referido estudo afirmaram conviver desconfortos contínuos por mais de 3 meses, seguidos pelos do Sudeste (38%), Norte (36%), Centro-Oeste (24%) e Nordeste (28%). Ou seja, você não está sozinho.
Como é o processo de pré-diagnóstico da dor?
O pré-diagnóstico da dor se baseia no histórico clínico, exames físicos e laboratoriais e, principalmente, nas queixas do paciente. Ele pode ter início no consultório de diversos especialistas, como o reumatologista, o oncologista, entre outros. Esses, por sua vez, fazem o encaminhamento para um especialista em dor.
A partir daí, começa a investigação da origem da dor propriamente dita. Para a melhor compreensão dos sintomas, o profissional faz perguntas sobre:
- a localização da dor;
- se é difusa ou concentrada;
- sua periodicidade (aguda ou crônica);
- a intensidade (fraca, moderada ou forte).
Qual é a importância do diagnóstico precoce da dor?
Diferentemente da dor aguda, a qual é gerada por um evento, a dor crônica é considerada uma doença e pode se estender por meses ou anos. Mas quanto antes suas causas forem identificadas, mais rápido virá o alívio.
O diagnóstico precoce também é importante para evitar o agravamento do quadro. É a partir dele que se obtém as informações necessárias para dar início ao tratamento integral da dor — única forma efetiva de combate ao problema.
Assim, saiba que sentir dor por longos períodos não é normal. Portanto, se a sensação persistir, é hora de procurar um especialista e dar início ao tratamento.
Quais são os riscos da falta de cuidado com a dor?
Em um primeiro momento, a dor leva à irritabilidade, falta de apetite, diminuição da libido, insônia, entre outros sintomas. Ou seja, afeta o dia a dia das pessoas: não se trata, somente, de sofrimento físico e psicológico, mas, também, de prejuízos ao trabalho e à vida pessoal.
Mais tarde, além de provocar a tão temida perda da autonomia, ela pode piorar outras doenças. A obesidade é uma das doenças agravadas pelo sedentarismo decorrente da dor crônica não tratada.
Sabe-se, também, que a dor crônica não tratada pode desencadear quadros de depressão e transtornos de ansiedade. Além disso, doenças que provocam dor podem gerar sintomas cada vez mais fortes. É o que acontece com a fibromialgia, por exemplo.
Mas tão ruim quanto ignorar a existência da dor é tentar medicá-la por conta própria, tomando analgésicos indiscriminadamente. Esse tipo de atitude pode mascarar outras doenças ou fazer com que algo simples, como uma indisposição, se torne uma dor crônica. Isso sem falar nos problemas associados à automedicação, como distúrbios estomacais, hepáticos e renais.
Como funciona um tratamento para dor crônica?
O tratamento para dor crônica alivia os sintomas dos pacientes. Para elaborá-lo, além do histórico clínico e exames, os médicos se baseiam na escala de mensuração de dor, na qual o paciente dá uma nota (de zero a 10) sobre a intensidade do que está sentindo.
Com base nesses dados, traçam a estratégia medicamentosa. Mas as terapêuticas não farmacológicas, como fisioterapia, acupuntura, terapia cognitiva, entre outras, também são recomendadas. Dependendo do tipo de dor, podem ser recomendados, ainda, algum procedimento intervencionista, como infiltrações e bloqueios para dor.
Além disso, reforçam a importância de os pacientes adotarem hábitos de vida saudáveis. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regulares, cuidar da saúde mental e dormir bem são medidas, comprovadamente, eficazes no alívio das dores.
Assim, para que o tratamento para dor crônica seja eficiente, é preciso que o médico à frente da estratégia tenha o apoio de uma equipe multidisciplinar. O esforço conjunto, incluindo o comprometimento do próprio paciente, leva a uma considerável melhora na qualidade de vida! Por isso, aos primeiros sinais de desconforto contínuo, procure um especialista no assunto!
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