Sabe qual é a melhor maneira de aproveitar, ao máximo, uma consulta médica? Preparando-se para ela! Mas como isso é possível? Simples: o primeiro passo é listar o que lhe incomoda, ou seja, quais são os sintomas. Além disso, deve-se reunir exames anteriores, anotar a lista de medicamentos consumidos atualmente e, se possível, tentar pesquisar quais foram administrados em tratamentos anteriores e por que foram suspensos. Também é importante colocar no papel suas principais dúvidas sobre anestesia e aquelas questões que não podem deixar de ser feitas.
Para ajudá-lo a se preparar, reuni tudo o que você precisa saber antes da consulta com o anestesista. Leia o artigo e veja como tirar o melhor proveito da visita ao anestesiologista!
Em quais situações é preciso consultar um anestesista?
Muita gente sequer imagina que é possível consultar um médico anestesiologista, pois não tem conhecimento de suas atribuições. No entanto, a consulta com o anestesista pode ocorrer em duas situações:
- para avaliação pré-operatória (conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina) em qualquer procedimento cirúrgico eletivo com uso de sedação ou de anestesia;
- quando se precisa fazer um tratamento intervencionista para algum tipo de dor crônica (nesse caso, o anestesista precisa ser especialista no tratamento de dor).
Quando o profissional possui essa especialização, ele adquire um papel essencial na definição da terapêutica mais indicada para cada paciente. Isso porque, além de prescrever as medicações, ele coordena a ação dos demais especialistas, tais como fisioterapeuta, ortopedista, educador físico, nutricionista, psicólogo entre outros.
Como funciona uma consulta com um anestesista?
A consulta é o momento no qual o médico anestesiologista faz a avaliação clínica do paciente. Dependendo do quadro apresentado (tipo, intensidade e duração das dores e sintomas concomitantes), ele poderá avaliar se há, ou não, indicação para procedimentos intervencionistas, como bloqueios de nervos e infiltrações com anestésicos.
Ao mesmo tempo, o anestesista faz uma série de questionamentos e, se necessário, pode solicitar alguns exames, para avaliar se existem contraindicações para a realização dos procedimentos. Alergia aos anestésicos, alguns tipos de infecções e uso contínuo de medicamentos anticoagulantes estão entre os principais impedimentos.
Assim, de maneira geral, toda avaliação pré-anestésica deve incluir:
- a anamnese (na qual se considera as medicações de uso habitual, bem como se existem comorbidades e alergias conhecidas);
- a avaliação da capacidade funcional (ou seja, habilidades e limitações na realização de movimentos necessários à execução das tarefas do dia a dia);
- os preditores de via aérea difícil (VAD), como abertura oral, estado de conservação dos dentes, nível de mobilidade cervical e avaliação de uma série de medidas;
- a solicitação e, posteriormente, avaliação, dos exames complementares (realizados apenas se necessários).
Qual é a importância da consulta e como o paciente deve se portar?
Como mostrado, a consulta com o anestesista é essencial. Nesse encontro, o paciente (ou responsável) deve se sentir à vontade para perguntar o que desejar, quantas vezes for preciso, até sanar todas as suas dúvidas. Ao mesmo tempo, deve estar disposto e aberto a receber as orientações do especialista.
É importante tocar nesse assunto porque, muitas vezes, os pacientes com dores crônicas chegam ao consultório do especialista em dor após terem passado, sem sucesso, por muitos outros médicos. Isso pode lhes deixar frustrados, descrentes ou até irritados. Mas por mais que isso seja, absolutamente, compreensível, é importante “baixar a guarda” e embarcar nessa nova etapa de peito aberto.
O que se observar e perguntar durante a consulta?
Como dito, durante a consulta com o anestesista, pergunte tudo o que você tem dúvida. Por exemplo:
- como os anestésicos agem no tratamento da dor?
- quais são as vantagens desse tipo de procedimento?
- se existem riscos associados e como eles podem ser minimizados?
- quais são os efeitos colaterais conhecidos?
- se há uma estimativa de quanto tempo dura o alívio proporcionado pelos procedimentos?
- como é o período pós-procedimento e quais são os cuidados necessários?
Além disso, observe qual é a formação do profissional: veja se há diplomas e certificados nas paredes do consultório. Quando for para casa, procure seu registro de qualificação de especialista (RQE) no site do Conselho Regional de Medicina (CRM).
Tomando esses cuidados, sua consulta com o anestesista será bem mais proveitosa. Se o intuito da busca por esse profissional for a realização de um tratamento para dor crônica, você ficará surpreso do quanto sua ajuda vai muito além do seu trabalho mais conhecido, aquele realizado nos centros cirúrgicos.
Espero que tenha gostado do artigo. Tentei deixá-lo o mais claro e informativo possível. Caso deseje, agende uma consulta para fazer uma avaliação individual em Indaial ou Blumenau!