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Dor complexa regional
Antigamente, a dor complexa regional era chamada de distrofia simpática reflexa e causalgia. Trata-se de uma síndrome debilitante, que afeta os membros (superiores e/ou inferiores).
Se não tratada, faz com que as pessoas evitem mexer os locais afetados, tornando-os permanentemente rígidos e encurtados (contratura). Há dois tipos:
- dor complexa regional tipo 1 (ou distrofia simpática reflexa), a qual ocorre após uma lesão nos tecidos (com exceção do tecido nervoso), por conta de uma cirurgia, fratura, acidente ou, até mesmo, após a imobilização prolongada do local;
- dor complexa regional tipo 2 (ou causalgia), decorrente de uma lesão no tecido nervoso.
Ambos os tipos se caracterizam por alodinia ou hiperestesia. A alodinia é disparada por um estímulo que, em condições normais, não dói. Já a hiperalgesia é o aumento da sensibilidade, também provocada por um estímulo que, normalmente, não gera dor.
A dor piora com a movimentação do local afetado. Por isso, ao longo do tempo a síndrome pode levar ao comprometimento motor (paralisia ou pseudoparalisia).
Principais causas
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A principal causa é a lesão nos tecidos. Entre os fatores de risco, destacam-se:
- osteoporose;
- menopausa;
- uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA);
- asma;
- migrânea;
- infarto e
- Acidente vascular cerebral (AVC).
Sintomas
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Os sintomas são localizados e podem aparecer imediatamente, após dias ou, por vezes, depois de semanas do evento desencadeante. Primeiro, afetam as extremidades (mãos ou pés), estendendo-se, posteriormente, para braços e pernas. São eles:
- dor ardente intensa;
- alterações na temperatura da pele;
- comprometimento motor;
- tremores, espasmos ou contraturas;
- perda ou diminuição da sensibilidade;
- fraqueza muscular, redução da massa óssea e atrofia tardia;
- perda da consciência dos movimentos (propriocepção) produzidos pelo membro;
- hiperhidrose (suor excessivo);
- edema (inchaço causado pelo excesso de líquidos no tecido);
- descoloração da pele;
- cinesiofobia (medo de sentir dor ao movimentar o ponto acometido) e
- raiva, ansiedade e/ou depressão (sintomas associados).
Tratamentos para dor complexa regional em Blumenau com a Dra. Paula Benedetti
O tratamento para dor complexa regional objetiva promover a reabilitação, sendo coordenado por um médico especialista em dor e, na maioria das vezes, multidisciplinar. A terapia ocupacional e a fisioterapia são os tratamentos de primeira linha. A acupuntura também ajuda.
A psicoterapia é indicada quando o paciente demonstra sinais de distúrbios emocionais. O tratamento medicamentoso (com corticoides, opioides, entre outros) também pode ser associado.
Se os tratamentos fisioterápico e medicamentoso não surtirem o efeito esperado, pode ser preciso recorrer às terapias analgésica (bloqueio do nervo simpático, por exemplo) e cirúrgica (neuromodulação).
Também existem as chamadas terapias emergentes. Entre elas, pode-se citar as drogas imunomoduladoras.