A fibromialgia atinge 2,5% da população brasileira. A doença não tem cura ou, tampouco, um tratamento padrão que sirva para todo mundo. Por isso, a orientação de um médico especialista em dor é fundamental. Isso porque, esse profissional é capaz de definir as melhores estratégias para aliviar as dores crônicas e os sintomas concomitantes de cada paciente.
Neste artigo, mostramos como é o tratamento para a fibromialgia conduzido por quem melhor entende o problema. Confira, também, quais hábitos podem agravar ou melhorar o quadro e veja como adotar uma postura ativa e consciente no enfrentamento da doença!
Quais são os sintomas da fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome complexa e de difícil diagnóstico, que gera dores crônicas por todo o corpo, bem como pontos de sensibilidade nas articulações, músculos e tendões.
A hiperalgesia (reação aumentada em relação aos estímulos dolorosos) é uma característica sempre presente. Além dela, há outros sintomas que variam de pessoa para pessoa, tais como:
- cansaço constante;
- alterações de humor, irritabilidade e insatisfação;
- depressão e transtornos de ansiedade;
- diminuição da libido;
- rigidez muscular;
- falta de ar, devido à tensão nos músculos intercostais;
- distúrbios do sono e cognitivos, como falta de memória;
- comprometimento da capacidade funcional;
- dor exacerbada após realizar um esforço físico.
Além disso, podem aparecer sintomas em alguns órgãos. Por exemplo: na cabeça (enxaqueca), no intestino (cólon irritável), na bexiga (cistite intersticial), entre outros.
Como é o tratamento para a fibromialgia?
Medidas isoladas não funcionam. O tratamento para a fibromialgia se baseia em uma abordagem multidisciplinar, integrativa e individualizada, com medidas farmacológicas e não farmacológicas.
Assim, o papel do médico especialista em dor é promover o alívio dos sintomas e, consequentemente, aumentar a disposição do paciente para aderir ao tratamento. O uso de relaxantes musculares, muitas vezes, associados a antidepressivos, costuma ajudar, assim como o uso de medicamentos neuromoduladores.
Além disso, para quadros mais intensos existem os procedimentos intervencionistas, como o bloqueio venoso simpático. Essa técnica melhora a dor difusa, pois promove a anestesia das terminações do endotélio vascular. Dessa forma, estabiliza as fibras nervosas, interrompendo o ciclo vicioso da dor. Consequentemente, promove a melhora global do paciente, permitindo-o restabelecer as funcionalidades para realizar as tarefas do dia a dia.
Uma vez que a dor esteja controlada, outros especialistas entram em cena no tratamento. A prescrição de sessões de fisioterapia, alongamento, acupuntura, terapia cognitiva, além de exercícios físicos regulares e reeducação alimentar, entre outras indicações (de acordo com as comorbidades existentes), estão entre os principais complementos ao tratamento para a fibromialgia.
Mas a estratégia não é fixa, necessitando ser adaptada ao longo do tempo. O ajuste deve ser feito sempre que o tratamento não surtir efeito, levando ao aumento da dor — seja este gradual ou repentino.
Quais hábitos interferem negativamente no problema?
Repousar a maior parte do tempo é um hábito que não somente não ajuda, como também piora o quadro de fibromialgia. Em vez de sedentário, o paciente com a síndrome precisa ser adepto das práticas esportivas.
Isso porque, os hormônios liberados durante os exercícios (principalmente, a endorfina) melhoram a sensação de bem-estar. Ao mesmo tempo, isso ajuda a afastar a depressão — uma comorbidade que piora o quadro geral de quem tem fibromialgia.
Alimentar-se com uma dieta rica em glúten também pode ser prejudicial. Afinal, boa parte dos sintomas costumam melhorar ao reduzir a ingestão dessa proteína presente nos grãos, como trigo, aveia, centeio, entre outros.
Quais hábitos ajudam o paciente a melhorar?
Vários hábitos podem ser benéficos ao tratamento da fibromialgia. No entanto, nem tudo funciona para todos os pacientes. Em geral, vale a pena controlar o estresse, fazer exercícios aeróbicos e aderir à terapia cognitivo comportamental (TCC).
Adotar uma dieta saudável, rica em alimentos que ajudam na síntese de serotonina (outro hormônio ligado à sensação de bem-estar) também é essencial. Por isso, inclua chocolate amargo, mel, banana, peixe e laticínios magros na rotina alimentar.
Já entre as possibilidades que têm a eficácia variável, surtindo mais efeito em algumas pessoas do que em outras, pode-se elencar:
- modalidades coletivas, como dança de salão;
- ioga, pilates e tai chi chuan;
- musculação;
- fazer aplicações de calor;
- técnicas de respiração diafragmática;
- meditação mindfulness;
- estimulação transcraniana;
- acupuntura.
Assim, o médico especialista em dor contribui para o tratamento da fibromialgia na medida em que coordena uma equipe multidisciplinar disposta a trabalhar em prol do paciente. Mas, ao mesmo tempo, é necessário que a pessoa com fibromialgia seja ativa e comprometida com sua melhora. Essa é a única forma de aliviar as dores musculoesqueléticas e articulares generalizadas, bem como combater os sintomas associados, permitindo ao paciente retomar o controle sobre sua vida e evitar maiores prejuízos às esferas pessoal e profissional.
Quer saber mais sobre esse tipo de tratamento? Então, entre em contato com a Dra. Paula Benedetti pelo formulário on-line ou pelo WhatsApp da clínica!