A dor crônica pode estar relacionada a diferentes fatores. Algumas doenças têm a dor crônica como sintoma característico. É o que ocorre na fibromialgia, por exemplo. Também existem casos em que a dor persistente é um efeito colateral do tratamento, como em muitos pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia. E há, ainda, as dores pós-operatórias que nunca cessam. A boa notícia é que a dor tem tratamento e, quanto antes começar, melhor o prognóstico do quadro clínico e menor o impacto sobre a qualidade de vida do paciente!
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Neste artigo, vamos mostrar 10 doenças que, direta ou indiretamente, causam dor crônica. Ao término da leitura, caso suspeite de alguma condição ainda não diagnosticada, procure ajuda médica.
Quais tipos de doenças provocam dor crônica?
O diagnóstico da dor não é óbvio. Mas quando há a presença de uma doença crônica, seu entendimento facilita, por conta da relação causa-efeito.
Sabe-se, por exemplo, que a dor reumática é gerada por uma inflamação, que a dor neuropática tem origem nos nervos , que a dor oncológica está relacionada não apenas ao câncer, mas ao tratamento quimioterápico, etc. A seguir, veja alguns tipos de doenças que podem provocar dores crônicas.
1. Artrose
Também chamada de osteoartrose ou osteoartrite, a artrose é uma doença articular degenerativa. Caracteriza-se pelo desgaste das cartilagens e alterações nos ossos. Gera dores articulares que, no início, até desaparecem com o repouso, mas aumentam com o passar do tempo.
2. Câncer
Pacientes com câncer sofrem com dores crônicas, tanto durante como no pós-tratamento. Elas podem ser causadas pelo próprio tumor ou pelos tratamentos, como a quimioterapia ou a cirurgia, manifestando-se como dores de cabeça, nas articulações, musculares, etc.
3. Dor crônica persistente pós-operatória
A dor crônica persistente pós-operatória (DCPO) é uma condição que leva, geralmente, à neuropatia decorrente de um trauma cirúrgico. Essa, por sua vez, afeta a qualidade de vida dos pacientes, comprometendo a funcionalidade do organismo.
4. Esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença na qual as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, gerando lesões cerebrais e medulares. Ela pode levar à dor neurogênica, cujos sintomas mais característicos são a sensação contínua de perfuração, formigamento intenso ou queimadura nas pernas.
5. Diabetes
O diabetes descontrolado, associado a outros fatores de risco, pode provocar um tipo específico de dor neuropática. A neuropatia diabética tem como principais sintomas uma dor contínua, sem causa aparente e excessiva diante de estímulos que, normalmente, não seriam dolorosos.
Trata-se de uma complicação silenciosa e que avança lentamente. Porém, é bastante grave, sendo responsável por cerca de 2/3 das amputações não decorrentes de traumáticas.
6. Febre reumática
Febre reumática, ou reumatismo infeccioso, é uma doença inflamatória autoimune, que costuma se manifestar alguns dias após um episódio mal curado de faringite ou amidalite infecciosas. Entre outros sintomas, pode gerar uma intensa dor nas juntas.
7. Fibromialgia
A fibromialgia se manifesta como uma dor intensa, prolongada e difusa, sentida na musculatura do corpo todo. O sintoma se caracteriza pela exagerada sensibilidade ao toque ou à compressão muscular.
8. Lombociatalgia
A lombociatalgia, ou lombalgia com componente neuropático, é comumente apresentada na forma de dor lombar irradiada para a região das pernas. A dor neuropática tem como característica a sensação desproporcional diante do estímulo sofrido.
9. Herpes-zoster
As lesões causadas pelo herpes zoster podem gerar uma dor persistente, chamada neuralgia pós-herpética. Ela se caracteriza pela sensação de queimadura, formigamento, pontadas e choques na área da pele afetada.
10. Lúpus
O lúpus é uma doença inflamatória autoimune, cujos sintomas podem surgir, lenta ou rapidamente, em diversos órgãos. Entre as manifestações clínicas mais comuns, destaca-se a dor nas juntas das mãos, punhos, pés e joelhos.
Quais são os riscos da falta de atenção para a dor nessas doenças?
Ignorar uma dor crônica é o mesmo que ignorar um sintoma importante. Ou seja, as chances do seu quadro de saúde piorar são altas.
Isso vale, inclusive, quando se trata de um caso de DCPO, no qual a doença foi curada, mas houve o aparecimento da dor decorrente do procedimento cirúrgico. A dor nunca deve ser vista como o “preço a pagar pelo tratamento” que a sucedeu.
Para concluir, toda dor crônica deve ser tratada. Do contrário, em pouco tempo, tem-se a piora do quadro de saúde. Mas para surtir efeito, a abordagem do problema deve ser multidisciplinar. O melhor a fazer é conversar com seu médico, seja ele reumatologista, oncologista, entre outras especialidades, para que, juntos, vocês busquem a melhor solução. Nessa hora, contar com a ajuda de um especialista em dor faz toda a diferença!
Caso ainda tenha dúvidas sobre o tratamento para a dor crônica converse com a Dra. Paula Benedetti. O contato pode ser feito por e-mail, pelo Instagram ou Facebook!